Só agora percebi o segredo escondido por trás do título Agatha All Along – e, embora seja genial, fico surpreso de não ter me tocado antes. Quando a Marvel decidiu lançar uma série baseada na vilã de WandaVision, muitos fãs ficaram com um pé atrás. No entanto, ao longo dos nove episódios, Agatha All Along provou seu valor com uma trama envolvente e algumas revelações importantes sobre o universo Marvel. Entre elas, o retorno de Billy Maximoff ao universo principal e a exploração do passado misterioso de Agatha.

Mas é lá pelo final que o nome da série ganha uma nova camada de significado, pegando a gente de surpresa – e de um jeito brilhante, como sempre.

Lembram da música Agatha All Along em WandaVision? A canção revelava que Agnes era, na verdade, Agatha Harkness, manipulando Wanda e Westview nos bastidores. E essa foi uma sacada genial, uma revelação que fez a personagem ganhar um status quase cult entre os fãs da Marvel, a ponto de garantir seu próprio spin-off.

Porém, a série Agatha All Along levou essa ideia além, especialmente nos episódios 8 e 9, que mudaram completamente o tom. Depois de episódios explorando a mitológica Caminho das Bruxas, descobrimos que esse caminho era, na verdade, uma lenda criada pela própria Agatha para enganar outras bruxas, absorver seus poderes e eliminá-las. E, ironicamente, Billy Maximoff, com seu poder do caos, sem querer tornou a estrada real.

Em outras palavras, Agatha All Along era literalmente sobre Agatha sendo a responsável pelos problemas desde o início, mas com um novo e sinistro sentido: ela forjou a Caminho das Bruxas e iludiu a todos. A ironia é afiada, e a revelação faz a gente pensar: como não percebemos isso antes?

Antes de se decidir por Agatha All Along, a série passou por várias versões de título, como Agatha: House of Harkness, Agatha: Coven of Chaos, e até Agatha: The Lying Witch with Great Wardrobe (um toque de humor). Mas já em maio de 2024, o nome final estava definido, bem antes da estreia em setembro. A Marvel já havia plantado a pista do twist, disfarçada de nostalgia pela música de WandaVision.

Muitos fãs, claro, se concentraram nos nomes alternativos da série, deixando o título final passar quase despercebido. Afinal, com tanto conteúdo e especulações rolando, quem iria parar para interpretar a real intenção por trás do nome? Ainda mais quando os primeiros episódios já começam abordando o pós WandaVision, o destino da Feiticeira Escarlate e o mistério em torno de Billy e outros personagens.

Enquanto assistia ao final, percebi que a série estava fazendo uma versão atualizada do truque de WandaVision – desta vez enganando tanto os personagens quanto o público. Se você, como eu, também demorou para perceber que o título fazia referência ao envolvimento de Agatha com o Caminho das Bruxas, saiba que não está sozinho. A série constrói esse truque de maneira tão engenhosa que a revelação pega a gente de surpresa, mesmo já conhecendo o estilo de Agatha.

Desde o início, sua atitude suspeita era atribuída ao fato de ela ainda estar “presa” na identidade de Agnes, mas o desenrolar da trama nos leva a questionar cada reação dela ao longo do Caminho das Bruxas. No final, fica claro que ela nunca enfrentou nenhum dos desafios que simulava.

Uma das grandes forças de Agatha All Along é justamente esse jogo constante de mistério, mantendo o público sempre em dúvida e entregando respostas satisfatórias, que expandem o MCU de maneira instigante. E o título, com esse duplo sentido brilhante, é mais uma peça nesse quebra-cabeça bem montado. Para quem está em busca de um bom motivo para rever a série, agora ele está aí: voltar aos primeiros episódios e notar como tudo ganha um novo sentido – até mesmo o próprio título.

Então, se você também se pegou revendo mentalmente o título da série com essa revelação final, bem-vindo ao clube.