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Prepare-se para o desconforto: "A Garota de Miller" explora limites éticos e relações tabu em um thriller psicológico com Jenna Ortega e Martin Freeman.

Preparem-se, cinéfilos, porque Miller’s Girl não é para os fracos de estômago. Jenna Ortega, nossa musa gótica moderna, e Martin Freeman, o eterno Watson de Sherlock, protagonizam um thriller psicológico que está causando mais polêmica do que a cena do vestido em American Beauty e a falsa promiscuidade de A Mentira. A trama, escrita e dirigida por Jade Halley Bartlett, gira em torno do relacionamento proibido entre Cairo Sweet (Ortega), uma aluna com talento para a escrita criativa, e seu professor, o Sr. Miller (Freeman). E, como era de se esperar, a coisa descamba para um território ético pra lá de pantanoso.

A controvérsia, meus caros, é a espinha dorsal deste filme. A história, que aborda a delicada relação aluno-professor, tropeça feio ao perpetuar o clichê da jovem sedutora como catalisadora do romance proibido, ignorando completamente a gritante – e perturbadora – disparidade de poder entre os personagens. Mas o que realmente botou fogo no parquinho é a cena de sexo entre Miller e Cairo. Sim, você leu certo. Uma cena explícita – tipo, bem explícita – que está fazendo o público se contorcer de desconforto.






Miller's Girl

A Fantasia, a Realidade, e a Dúvida Cruel:

A cena acontece enquanto Miller lê um conto erótico escrito por Cairo. Com direito a voiceover da dupla e uma iluminação onírica digna de um sonho febril, a sequência transborda simbolismo e ambiguidade. A grande questão: a transa realmente rolou ou é fruto da imaginação fértil do professor? A narrativa embaralha realidade e fantasia com maestria, intercalando a leitura do conto com flashes do “mundo real”. Cairo usa o mesmo vestido que vestia no dia em que Miller foi à sua casa. Mais tarde, ela o lembra de que ele a incentivou a “escrever o que conhece”, trocando olhares cheios de significado. E Miller, em vez de negar veementemente o ocorrido, simplesmente pede que ela reescreva o conto. Suspeito, no mínimo.

A Idade da Pedra (e do Escândalo):

Miller's Girl

A diferença de 31 anos entre Freeman e Ortega é outro ingrediente explosivo nessa receita polêmica. Na época das filmagens, ele tinha 52 e ela, 21. E, convenhamos, a cena de sexo não é exatamente sutil. Sem nudez gratuita, mas com insinuações mais do que suficientes para deixar o espectador com aquela sensação de “vi o que não devia”. A combinação de idade e a natureza gráfica da cena gerou uma onda de repulsa online. “Nojento”, “desconfortável” e “angustiante” são alguns dos adjetivos usados para descrever a experiência. Tem gente jurando nunca mais assistir a um filme com grande diferença de idade entre os atores. Outros, mais ponderados, questionam a ética da escolha de elenco.







O Outro Lado da Moeda:

Miller's Girl

É claro que existe o time da defesa. Alguns argumentam que o trailer já entregava o teor da obra e que o público não deveria se surpreender. Outros acusam os críticos de infantilizar Ortega, afinal, todos os envolvidos eram adultos e consentiram com a cena. De fato, uma coordenadora de intimidade acompanhou as filmagens, garantindo o conforto e o consentimento contínuo de Ortega. Mas, convenhamos, a diferença de idade cria um desequilíbrio de poder inegável, que transparece na tela e torna a situação ainda mais incômoda.

A Defesa dos Atores:

Jenna OrtegaMartin Freeman

Tanto Freeman quanto Ortega defenderam a cena, argumentando que ela é essencial para a narrativa complexa e perturbadora do filme. Freeman, em entrevista ao The Times, comparou a situação com A Lista de Schindler: “Vamos criticar Liam Neeson por estrelar um filme sobre o Holocausto?“. Ortega, por sua vez, reforçou a ideia de que a arte nem sempre precisa ser agradável: “Todos nós temos experiências ruins em algum momento da vida“. Ponto para eles. A Miller’s Girl não se propõe a ser um filme fácil. Ele cutuca feridas, levanta questões incômodas e nos força a confrontar o lado obscuro da natureza humana. E, quer você goste ou não, a cena de sexo é parte crucial dessa experiência visceral e desconcertante.







Miller’s Girl Comparado com Outros “Pecados” Cinematográficos:

Miller's Girl

Vale lembrar que Miller’s Girl não é o primeiro – e certamente não será o último – filme a abordar relacionamentos com grande diferença de idade. O Leitor, com Kate Winslet e David Kross, e Proposta Indecente, com Robert Redford e Demi Moore, também exploraram esse tema, com diferentes níveis de controvérsia. A diferença é que, em Miller’s Girl, a combinação de idade, a natureza explícita da cena e o contexto da relação aluno-professor criam uma tempestade perfeita de desconforto.

Meu Veredito sobre Miller’s Girl:

Miller's Girl

A Miller’s Girl é um filme que gruda na sua mente como chiclete no cabelo. É perturbador, provocador e, acima de tudo, corajoso. Prepare-se para se sentir incomodado, questionar seus próprios valores e sair da sala de cinema com mais perguntas do que respostas. E, se você ainda não se convenceu, pense no seguinte: é melhor um filme que te faz pensar e debater do que um blockbuster genérico que você esquece no dia seguinte.

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